Quem sou

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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Formação em Terapia de Esquemas. Co- fundadora da PerCursos. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e atendimentos on-lines. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Meus espaços...meu trabalho... terapeuta/jardineira...gratidão

Atualmente trabalho com atendimentos de casal, familia e individual em Belo Horizonte, Carmo da Mata e Oliveira.

Consultório Carmo Da Mata


Consultório Belo Horizonte


Costumo imaginar que o consultório de um terapeuta é como um verdadeiro jardim! Nele chega todo tipo de flor, planta e arbusto, cada qual em uma fase diferente de desenvolvimento.

Algumas plantinhas são praticamente recém-nascidas da terra, árvores pequeninas que por razões diversas já encontram dificuldades em desenvolver troncos saudáveis e raízes fortes, para assim seguir adiante crescendo.

Outras vêm em franca fase de florescimento, árvores jovens e que deveriam estar cheias de vida e sonhos para frutificar, mas que se sentem perdidas, frágeis e com medo do que aconteceria se seus galhos começassem a crescer e ganhar altura. Temem, por exemplo, que suas raízes sejam arrancadas do chão, ou que os galhos lhe pesem sobre o corpo, ou ainda que os frutos ou flores que irão dar ao mundo não sejam belos, apetitosos e apreciados por quem os veja ou os colha.

Algumas chegam em pleno outono, depressivas pelas perdas das folhas, pelo clima gélido de seus corações, pelo medo de não mais produzirem ou voltarem a florescer novamente. Entre essas, há muitas árvores calejadas pela vida, que já passaram por muitas podas e já serviram de abrigo para todo tipo de bichinho da natureza… cuidam de todos, menos de si mesmas.

Aparecem também plantinhas aparentemente frágeis, dessas que a gente nem entende bem como conseguem resistir à climas áridos, aos ventos fortes e às tempestades. Mas, que pelo poder da própria natureza sobrevivem bravamente e continuam persistindo para encontrar a luz, a calmaria e a felicidade.

Vez ou outra, surgem algumas que curiosamente desenvolveram seus galhos, mas esqueceram-se das raízes. Parecem verdadeiras árvores flutuantes. Sonhadoras, elas estão sempre em busca de uma nova aventura e ávidas por mudanças. Mas, por falta justamente de raízes que nutram suas vidas, acabam não conseguindo se firmar ao chão e, com isso, realmente se desenvolver. Correm o risco de nada realizarem e ficarem só na imaginação.

E chegam tantas outras para serem cuidadas, cada qual com sua especificidade, que não haveria palavras suficientes para descrevê-las. Mas, entre tantas variedades, todas trazem algo em comum: o desejo de se curarem, de se transformarem e desenvolverem-se em todo seu potencial.

E, para isso, entregam-se aos cuidados de um jardineiro/terapeuta, confiantes de que ele saberá o que fazer para ajuda-las.

Neste encontro profundo, terapeuta e paciente necessitarão confiar na natureza, compreender seu ritmo e seu processo. Entender que mesmo os sintomas e os caminhos tortuosos que percorrem os galhos e as raízes, são partes de uma tendência para se alcançar o equilíbrio e a sustentação da vida.

Ambos terão que suportar todo tipo de adversidade: as tempestades de sentimentos negativos; os momentos de seca em que se farão presentes os silêncios e a diminuição do volume das águas da expressividade emocional; as dores dos espinhos que crescem devido aos traumas; as podas necessárias para que os padrões antigos deem espaço para o crescimento e florescimento de novos comportamentos, as chuvas frequentes que encharcam o terreno de lágrimas; e tantas outras variações que fazem parte dos ciclos da natureza.

Mas, também viverão momentos de profunda conexão e alegria! Neles sentirão em suas almas a chegada da primavera e o florescimento de um novo Ser, mais pleno, forte, realizado e capaz de cuidar-se e amar-se profundamente. Momento de contemplação, colheita e nova semeadura, com a chegada das borboletas, das abelhas e dos passarinhos que farão a polinização.

E assim, o terapeuta sente que seu trabalho de jardineiro está concluído. E, com isso, se regozija por ter sido expectador e testemunha de tão bela transformação!

Não podemos perder de vista que, para cumprir sua tarefa, o jardineiro precisará, todos os dias, fazer do seu jardim, um terreno fértil ao desenvolvimento de tudo que ali cresce. Precisará ir a fundo no conhecimento da alma humana, assim como bom jardineiro é conhecedor de todo tipo de vegetação.

Isso renderá longas horas de estudo, muitas pós-graduações, horas de análise e supervisão. Também precisará de “bagagem”, aperfeiçoando suas técnicas e ferramentas de trabalho, e enriquecendo-se com as experiências de sua própria vida e com as vivências trazidas pelas trocas com cada paciente que cruzar seu caminho. Tudo isso lhe servirá como o adubo que fertiliza o solo e proporcionará os meios necessários para garantir a nutrição e o desenvolvimento de tudo que nascer em seu jardim.

Na minha experiência como terapeuta/jardineira tenho visto muitas árvores ganharem raízes fortes, galhos frondosos, flores belíssimas e frutos saborosos. Assim, como vejo, a partir de cada troca e relação, brotarem em meu próprio jardim interno novas raízes e flores, que me tornam cada vez mais plena e mais humana.

Espero um dia, como todo terapeuta, que as sementes espalhadas dêem uma linda floresta, onde tudo possa viver expansão e equilíbrio. Pois ser jardineiro é também sonhar com um mundo onde cada plantinha tenha seu espaço e seu valor!

Autora:

Marcela Alice Bianco. Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae. CRP: 06/77338

http://www.psiqueemequilibrio.com.br/profissionais/marcela-alice-bianco

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O que são emoções?

" Sou responsável por minhas escolhas e atos;
Sou responsável pela maneira como estruturo o meu tempo;
Sou responsável pelo nível de consciência que aplico ao meu trabalho;
Sou responsável pelo cuidado, ou pela falta de cuidado, com que trato o meu corpo;
Sou responsável pelas relações nas quais optei por entrar, ou pelas relações que eu mantenho;
Sou responsável pela maneira como trato as outras pessoas;
Sou responsável pelo significado que eu atribuo, ou deixo de atribuir, à minha experiência;
Sou responsável por minha felicidade;
Sou responsável por minha vida - material, emocional, intelectual e espiritual."
Do Livro - Auto-estima: Como aprender a gostar de si mesmo

segunda-feira, 13 de junho de 2016


Agradeço ao Cemei da cidade de Carmo da Mata pelo o convite de estar com vocês no dia 10 de maio neste encontro tão especial para falar da mulher muito além da maternidade. E a todas as mães pela noite de trocas e aprendizagens.




quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Doenças

Muitas doenças que as pessoas têm são poemas presos
abscessos tumores nódulos pedras são palavras
calcificadas
poemas sem vazão
mesmo cravos pretos espinhas cabelo encravado
prisão de ventre poderia um dia ter sido poema
pessoas às vezes adoecem de gostar de palavra presa
palavra boa é palavra líquida
escorrendo em estado de lágrima
lágrima é dor derretida
dor endurecida é tumor
lágrima é alegria derretida
alegria endurecida é tumor
lágrima é raiva derretida
raiva endurecida é tumor
lágrima é pessoa derretida
pessoa endurecida é tumor
tempo endurecido é tumor
tempo derretido é poema
palavra suor é melhor do que palavra cravo
que é melhor do que palavra catarro
que é melhor do que palavra bílis
que é melhor do que palavra ferida
que é melhor do que palavra nódulo
que nem chega perto da palavra tumores internos
palavra lágrima é melhor
palavra é melhor
é melhor poema
Viviane Mosé

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo

Depois de fazer uma retrospectiva deste ano velho, pode-se vê quantas coisas aconteceram em âmbito mundial: grandes acontecimentos/problemas/movimentos políticos, econômicos, desastres ambientais, ataques e mortes em massa.

Infelizmente para ter mudanças, precisamos passar pelas crises e muitas vezes isso envolve tristezas, dificuldades e perdas. Eu chamo esses momentos de alerta, uma alerta que a vida nos dá que assim não dá para continuar. É uma chance. E o que sinto é que cada vez mais a tal alerta que a vida vem nos dá é sobre a necessidade de mergulhar em nós para sabermos olhar para o outro e para o mundo a nossa volta.

Como ajudar o outro e cuidar de alguém sendo que não sabemos fazer isso com nós mesmos? Vivemos anos após anos no piloto automático, não sabemos mais nem o que queremos e muito menos quem somos.
Estamos na era do consumismo. A existência perdeu o sentido para o “obter”. Fala-se que tempo é dinheiro, a cada ano que passa vivemos mais ainda de forma acelerada e com isso não percebemos que estamos cada vez mais ansiosos, doentes, estressados e esse dinheiro que ganhamos é usado para tratar de doenças. Isso resolve algo? Escutei uma vez que estamos na ansiedade do ter e no tédio do possuir, porque depois que possuímos algo que tanto queríamos perde o sentido, não nos alegra mais. Isso acontece até nas relações afetivas. Com isso me veio este texto de Mahatma Gandhi que compartilho com vocês para este início de ano:

“Temos medo de estarmos conosco, mergulharmos em nosso interior. O silêncio e sua prática nos leva a esta possibilidade de encontro profundo e revitalizador. Com o silêncio, encontramos a paz e o amor incondicional vem com toda a força transformadora. O amor é a força mais sutil do mundo. O mundo está farto de ódio. E é este ódio irracional e distante da força criadora que destrói,corrompe e ensurdece a humanidade.
Pare! Recomece! Reprograme-se... O silêncio pode ser o ponto chave desta nova caminhada. Pratique-o diariamente e transforme um pouco nosso mundo. Ouça-se.
Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo. Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim.
Pratique diariamente o silêncio da paz. Respire profundamente algumas vezes. Inspire e sopre lentamente até ir relaxando e mergulhando dentro de si mesmo. Feche os olhos e silencie seus medos, preocupações e ansiedades diárias, por alguns momentos. Dê a chance à sua paz e a paz do mundo. Faça a sua parte, se doe sem medo. O que importa mesmo é o que você é...Mesmo que outras pessoas não se importem. Atitudes simples podem melhorar sua vida.
Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados. Espalhe esta idéia.
Transforme o mundo, a partir de você. Seja a mudança que você deseja para o mundo.”