Quem sou

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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e Carmo da Mata. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas. Sócio-Fundadora da Equipe PerCursos – Cursos, Palestras e Workshops em Belo Horizonte.

domingo, 26 de agosto de 2012



Workshop com Solange Rosset em BH. Maiores informações no site www.espacomovimente.com.br ou entrem em contato comigo pelos contatos aqui do blog.




Essas fotos foram de uma noite muito gostosa que estive no Instituto Educacional Apogeu, em Oliveira -MG, dando uma palestra sobre o tema: Pais e Filhos- Uma Relação Delicada. Foi uma troca de aprendizados em que falamos a respeito das relações entre pais e filhos na atualidade em meio ao consumismo, falta de tempo dos pais, já que são mil exigências e funções que esses pais desempenham hoje, trabalho fora de casa...e quando vem a culpa?

Obrigada a Sofia, diretora da escola, e aos pais pela participação e pelas trocas.




Estive nos dias 13 e 14 de agosto deste ano na Escola Planeta Azul em Carmo da Mata -MG dando uma palestra sobre " O Dilema de ser Pais e Casal"...a constituição da familia inicia quando chega um terceiro, o primeiro filho, antes era só o casal...e como se dá a formação do sistema parental? Como separar o tempo do casal depois que chegam os filhos? Como inicia um relacionamento afetivo? Novas funções, novos papéis, crises, ajustes e reajustes...

Foram temas que refletimos nesses dois dias.
Agradeço toda a Equipe da Escola e os pais pela participação. Agradeço, também, a Luciana Corrêa pelas fotos.




Desde quinta-feira da semana passada tivi o grande prazer de fazer um curso sobre Genogramas Familiares, Genogramas Fotográficos e esculturas familiares - A IMAGEM COMO RECURSO TERAPÊUTICO TÉCNICAS PSICO-DINÂMICAS PARA O TRABALHO CLINICO com Rodolfo de Bernart - Psiquiatra, Psicoterapeuta, Fundador do Istituto di Terapia Familiare di Firenze, colaborador de Maurizio Andolfi. Foram três dias de grande aprendizado!!!Quero agradecer Rodolfo por compartilhar sua sabedoria, tranquilidade e humildade com os Terapeutas de Familia aqui no Brasil.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Coragem

A pior coisa do mundo é a pessoa não ter coragem na vida.” Pincei essa frase do relato de uma moça chamada Florescelia, nascida no Ceará e que passou (e vem passando) poucas e boas: a morte da mãe quando tinha dois anos, uma madrasta cruel, uma gravidez prematura, a perda do único homem que amou, uma vida sem porto fixo, sem emprego fixo, mas sonhos diversos, que lhe servem de sustentação.

Ela segue em frente porque tem o combustível que necessitamos para trilhar o longo caminho desde o nascimento até a morte. Coragem.

Quando eu era pequena, achava que coragem era o sentimento que designava o ímpeto de fazer coisas perigosas, e por perigoso eu entendia, por exemplo, andar de tobogã, aquela rampa alta e ondulada em que a gente descia sentada sobre um saco de algodão ou coisa parecida.

Por volta dos nove anos, decidi descer o tobogã, mas na hora H, amarelei. Faltou coragem. Assim como faltou também no dia em que meus pais resolveram ir até a Ilha dos Lobos, em Torres, num barco de pescador. No momento de subir no barco, desisti. Foram meu pai, minha mãe, meu irmão, e eu retornei sozinha, caminhando pela praia, até a casa da vó.

Muita coragem me faltou na infância: até para colar durante as provas eu ficava nervosa. Mentir para pai e mãe, nem pensar. Ir de bicicleta até ruas muito distantes de casa, não me atrevia. Travada desse jeito, desconfiava que meu futuro seria bem diferente do das minhas amigas.

Até que cresci e segui medrosa para andar de helicóptero, escalar vulcões, descer corredeiras d’água. No entanto, aos poucos fui descobrindo que mais importante do que ter coragem para aventuras de fim de semana, era ter coragem para aventuras mais definitivas, como a de mudar o rumo da minha vida se preciso fosse. Enfrentar helicópteros, vulcões, corredeiras e tobogãs exige apenas que tenhamos um bom relacionamento com a adrenalina.

Coragem, mesmo, é preciso para terminar um relacionamento, trocar de profissão, abandonar um país que não atende nossos anseios, dizer não para propostas lucrativas porém vampirescas, optar por um caminho diferente do da boiada, confiar mais na intuição do que em estatísticas, arriscar-se a decepções para conhecer o que existe do outro lado da vida convencional. E, principalmente, coragem para enfrentar a própria solidão e descobrir o quanto ela fortalece o ser humano.

Não subi no barco quando criança – e não gosto de barcos até hoje. Vi minha família sair em expedição pelo mar e voltei sozinha pela praia, uma criança ainda, caminhando em meio ao povo, acreditando que era medrosa. Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas-vindas, me acompanhando naquele recuo solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia.

Martha Medeiros