Quem sou

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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e Carmo da Mata. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas. Sócio-Fundadora da Equipe PerCursos – Cursos, Palestras e Workshops em Belo Horizonte.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

FILHOS SÃO COMO NAVIO - IÇAMI TIBA

Vale a pena conferir este Video!!!Lição para a Relação Pais Filhos. Video utilizado por mim na Palestra - Pais E Filhos: Uma Relação Construída, nesta última sexta-feira na Escola Planeta Azul na cidade de Carmo da Mata

terça-feira, 17 de abril de 2012

Trabalho x Lazer

A aceitação ativa dos opostos é a base de todo equilíbrio humano. Nosso mundo é dual: dia e noite, bom e ruim, nascimento e morte, luta e fuga e assim por diante. O lado paterno, lado direito que representa o trabalho, a conquista, o esforço, o social, as obrigações, o árduo da vida e o lado esquerdo que é o afeto, o lazer, o materno, a poesia, o descanso e o amor.

Historicamente esses dois lados sempre estiveram em luta. Na Grécia antiga só as classes baixas trabalhavam e eram mal vistas. Na revolução industrial o trabalho foi exigido como o principal valor social e o lazer passou a ser considerado ruim, apenas tolerado para dar ao corpo energia para o trabalho.

Recentemente, as atividades lúdicas voltaram a ter valor e busca-se um equilíbrio entre as duas estruturações do tempo humano: o trabalho e o descanso. Por formação familiar e social, algumas pessoas supervalorizam um dos lados, gerando um desequilíbrio psicológico nas suas vidas. Muitos conhecem a síndrome da segunda-feira que sucumbe milhares de pessoas, no domingo, ao imaginarem o iminente acordar e recomeçar as lides semanais no trabalho, cheio de rotinas, stress e obrigações.

O leitor acima sofre de outra síndrome antagônica a essa que é o “pânico do lazer”. Milhares de pessoas também sofrem desse mal. Para elas o tempo destinado ao lazer, como férias, feriados, fins de semana ou qualquer dia sem trabalho, vem acompanhado de sintomas emocionais de stress, angústia e crises de ansiedade. Em estado de movimento operativo essas pessoas se sentem bem do ponto de vista físico e quando param o trabalho começam a surgir os problemas.

Atrás desse comportamento existem dois conteúdos psicológicos. A compulsividade e o perfeccionismo. O trabalho, nesse caso, funciona como objeto de compulsão, assim como em outras pessoas é o comer, o comprar, o limpar ou o transar e serve para esconder e driblar numa angústia e depressão não consentidas e, portanto, não tratadas. Pessoas assim são estressadas e ansiosas e por isso mesmo, trabalham mais que dez horas por dia, tem dificuldade em delegar tarefas para seus empregados por seu traço de perfeição que os leva a imaginar que ninguém fará o trabalho melhor que ele. E isso serve também de racionalização para seu comportamento nada racional.

O medo de fracassar e uma tentativa de controlar o futuro podem estar também atrás dessa aversão ao lazer. A frase americana “time is money” (tempo é dinheiro) assim como a famosa fábula de La Fontaine, a formiga e a cigarra são incentivadores culturais para a manutenção desse comportamento. E o que agrava é que a pessoa acometida por esse desvio imagina ser impossível um equilíbrio que lhe permita viver bem no trabalho e fora dele. Por outro lado encontramos muitas pessoas que conseguiram uma harmonia entre seus lados.

Inúmeros executivos, assoberbados com suas tarefas empresariais, aprenderam e conseguiram um estilo de vida que lhes permite viver com a família, desenvolver hobbys relaxantes e levar a sério o lado engraçado da vida.

A antiga pergunta popular: Você trabalha para viver ou vive para trabalhar? Ou então: Você veio a este mundo a passeio ou a negócios? Podem servir de reflexão para aqueles que precisam mudar seu comportamento obsessivo para o trabalho.

Se queremos uma melhor qualidade de vida, se desejamos evitar o descontrole de ansiedade, tal como o stress agudo ou a depressão profunda, temos de buscar o saudável equilíbrio entre o repouso e o trabalho. Em casos mais graves a solução é procurar tratamento com especialistas emocionais e paralelamente se dedicar a atividades que reeduquem seu corpo para o relaxamento: exercícios físicos, meditação, ioga, massagens, oração, podem ajudar no relaxamento e desligamento do trabalho.

No início será um pouco penoso, mas com o tempo o corpo descobrirá o prazer que estava perdendo e aprenderá a gostar de trabalhar e brincar, síntese básica para a verdadeira felicidade.

Antônio Roberto
Publicado Coluna Bem Viver do Jornal Estado de Minas

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A posição de vítima

Do lado de uma pessoa que se faz de vítima sempre estará o culpado. O culpado pode ser o marido, a namorada, a professora, o patrão e, até, eventos externos ou instituições: escola, o trabalho, a igreja, o acidente, a doença e assim por diante.

A posição de vítima faz com que a pessoa não responda pelos seus sentimentos, emoções, comportamentos e escolhas. Ela sempre sofrerá alguma coisa, por isso o culpado anda do lado da vítima. É mais fácil culpar um evento ou algém quando as coisas não dão certo. O vitimizado nem se preocupa em mudar ou fazer diferente, ele não tem culpa de nada, dessa forma ele se exime de qualquer responsabilidade. Fica a espera do mundo inteiro mudar para que ele pare de sofrer. É uma pessoa passiva em relação a ela mesma.

É mais fácil ser vítima, porque seu único esforço e trabalho é de se queixar, mas o que as pessoas que assumem essa posição não sabem é que elas mesmas encaminham-se para um beco sem saída, podendo chegar a uma depressão. O caminho para a felicidade e o sucesso é oposto disso.

Quando a vítima tenta encontrar o culpado para tudo ela mesma esta se enforcando com sua própria corda, cada vez mais ela vai mantendo o problema próximo dela, já que ela perde a responsabilidade por si mesma e não pode fazer nada.

A felicidade e o crescimento esta perto de nos quando apoderamos de nossos problemas, temos consciência dos nossos limites e potencialidades, quando podemos responder pelo o que nos acontece, tanto de bom quanto de ruim. Isso nos leva sermos ativos, tomar atitude. Nada melhor do que sermos donos da nossa própria vida e é isso que a vítima nunca será. Quando somos vítimas estamos presos, sem liberdade.

Nosssos desejos, sonhos, objetivos só serão alcançados quando começarmos a tomar atitudes, quando começarmos a construir os nossos caminhos, aprender com os erros, superar obstáculos e vibrar com as vitórias. Nada melhor do que participar da própria vida, sair da posição de objeto e virar sujeito. Quando nos tornamos sujeitos teremos a chance de aprender mais e mais e saberemos que viver não é fácil é “descer vales e subir montonhas”, carece de coragem, mas como é gostoso e rico.

“Deixa a chuva te avisar que o sol vai brilhar para você” (Charlie Brown Jr.). Sem a chuva não tem sol, então vamos aproveitar os dias chuvosos também, alguma coisa eles vão nos dizer. Saia do jogo da culpa e da posição de vítima, seja você mesmo o próprio escritor da sua vida.

Texto:Camila Ribeiro Lobato