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Psicóloga, formada pela FUMEC, com inscrição no CRP 04/34263. Formação em Psicoterapia Familiar Sistêmica,Terapia Ericksoniana / Hipnoterapia e Sexologia Clínica. Pós-Graduação em TCC- Infância e Adolescência. Atua com psicoterapias individuais, de casais e famílias.Atualmente Psicóloga em consultório particular em BH e Carmo da Mata. Colunista do Jornal Gazeta de Minas em Oliveira e Jornal A Noticia em Carmo da Mata. Ministrante de palestras em escolas e empresas. Sócio-Fundadora da Equipe PerCursos – Cursos, Palestras e Workshops em Belo Horizonte.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

FÁBULA DA CONVIVÊNCIA


Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram o frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.

E todos juntos, bem unidos agasalhavam-se mutuamente. Aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos. Justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.

E afastaram-se , feridos, magoados e sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doía muito ...

Mas, essa não foi a melhor solução : afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.

Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções e delicadezas , de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro. Era mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar e sem causar danos recíprocos.

Assim conviveram , resistindo a longa era glacial. Sobreviveram !!!


- Texto extraido do site Interação Sistêmica

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mãe é Mãe; Filho é Filho!



Vimos muitas mães orgulhosas quando falam que seus filhos confiam muito nelas e que eles têm uma saudável relação de amizade. “Nossa, meus filhos me contam tudo, sou muito mais que mãe, sou uma grande amiga e confidente deles”. Mães, amiga dos filhos?

Sempre falo que mãe precisa ser mãe para filho ser filho, cada um tem seu papel e função dentro da estrutura familiar e são essas funções e papéis, também, o de pai, o de irmãos, marido, esposa que quando estão claras que permitem relações saudáveis, uma comunicação acessível e trocas enriquecedoras dentro do contexto familiar. São os limites e fronteiras que precisam existir dentro das relações, para cada um saber o que é seu e o que não é. O que é função de mãe? O que é ser mãe? E o que é ser filho? Todos têm direitos e deveres – assim são formadas as relações.

Quando estas fronteiras e esses papéis não são claros dentro da família é comum acontecer de filhos ocuparem a função de pai e mãe, ditando as regras dentro de casa, filhos grandes dormindo com a mãe e tirando o pai da cama ou filhos assumindo a função de “cola de casal”, por exemplo.

A função de mãe, de um modo geral, é cuidar dos filhos, proteger, lidar com o lado mais afetivo das relações familiares, colocar limites, mas com amor, cuidar da alimentação e das roupas, mas lembrando, sempre, que cada idade do filho novas funções de mãe vão aparecendo e outras vão deixando de existir. É função de mãe dar autonomia para os filhos, os deixar crescer e caminhar com as próprias pernas. Fazer coisas para e pelo filho à medida que vão crescendo não é função de mãe. Ser amiga dos filhos não é função de mãe. Amigos dos filhos são aqueles que têm a mesma idade que eles, que estudam juntos, saem e brincam juntos. Os filhos, também, precisam ter individualidade, eles precisam crescer, tem coisas que são deles, da intimidade deles que mãe nenhuma precisa saber. Como mães não precisam ter seus filhos como seus confidentes ou companheiros. Companheiro é o marido e as amigas e irmãos estarão lá para serem confidentes.

Outra coisa que não é função de mãe é SER PERFEITA. Mães que querem ser perfeitas talvez estejam procurando filhos perfeitos que, também, não existem.

Essas mães que querem ser SUPER ficam frustradas e se sentem culpadas quando erram, choram, ficam tristes e, às vezes, quando se deparam sentindo raiva dos filhos.

Assim é importante lembrar as mamães que perfeição não existe, muito menos na relação com os filhos.

Antes de serem mães são mulheres e seres humanos que erram, que estão na vida aprendendo e que não têm que concluir, terminar e copiar nada. Ser uma mãe maravilhosa e pronto! Isso não existe. Não existem receitas a serem copiadas. A dica é: sejam SÓ mães, simples mães, mães imperfeitas com seus erros e acertos, dificuldades e potencialidades e cuidem de vocês. Antes de serem mães são mulheres com desejos e necessidades individuais. Cuidando de vocês terão mais energia para viver com os filhos e estarão ensinando para eles cuidar deles mesmos, buscarem a própria felicidade. Ao mesmo tempo, vão dar a chance para eles de serem, apenas, filhos. Não filhos perfeitos.

Texto: Camila Lobato